EFEITO
DA EUTROFIZAÇÃO DO IGARAPÉ DO MINDÚ SOBRE O BALNEÁRIO DO PARQUE 10 DE NOVEMBRO
FERNANDO RODRIGUES DE ALMEIDA
Autores
ABSTRACT
The
Igarapé Mindú and the Thermal Park November 10 formed the largest leisure
center designed in Manaus. It was a specific undertaking to give quality of
life to residents of M and its visitors. However, the disorderly growth of the
city, the anthropic action without planning, construction in areas near the bed
of the stream, the housing and the appearances of new neighborhoods, the raids
in the surrounding area, as well as industrial activities caused eutrophication
the waters of the same, which runs through much of the city of Manaus, a
distance of 22 km, receiving networks of residential and industrial waste that
polluted the entire bed, a social-historical context which, over time, led to
ban the Spa Park 10 and therefore its deactivation as a leisure center. In this
study we show the effects of pollution of the Igarapé Mindú on the resort of
Park 10 November. The environmental impact, and the process of degradation of
the entire complex on the timeline since its opening to the day.
Key-words: Igarapé do Mindú, resort park 10,
eutrophication.
1.INTRODUÇÃO
O
Balneário do Parque 10 de novembro foi o maior centro de lazer projetado para
dar qualidade vida aos manauaras. Sua piscina era abastecida pelas águas
correntes e límpidas do Igarapé do Mindú. Este estudo é uma proposta científica
que visa registrar os fatos ocorridos desde a sua inauguração até o momento em
que foi interditado e tem como objetivo elaborar uma análise de parâmetros com
abordagem diretas nas ações antrópicas, os efeitos da eutrofização, fenômeno que motiva
excesso de nutrientes (composto químico rico em Fósforo e Nitrogênio) numa
massa de água, ou seja, é uma super – fertilização do meio aquático das
águas do Mindú. Confirmado por (NETO & FERREIRA, 2007) a eutrofização é
causada por “Esgotos
domésticos e águas residuárias provenientes de diversas atividades que contribuem
com elevadas cargas orgânicas; as indústrias com uma série de compostos
sintéticos e elementos químicos potencialmente tóxicos; e as atividades
agrícolas com a contaminação por pesticidas e fertilizantes ricos em sais
minerais, fatos diretos que contaminaram as águas do Mindú. Um estudo voltado
para uma análise sócio-histórica do complexo de lazer e o impacto ambiental
provocado na área do contexto. Iremos mostrar porque foi construído, qual o
objetivo, como e quando foi utilizado pelos habitantes da cidade, sua
importância e o efeito social ao desaparecer como opção de recreação na área. A
contaminação das águas do balneário se deu por conta da descarga de esgotos domiciliares das casas dos
conjuntos habitacionais, inicialmente.
De acordo com SMITH & SCHINDLER (2009), a
palavra eutrófico significa rico em nutrientes e eutrofização ou eutroficação
vem do grego eu, “bem” e trophein “nutrir” ou seja: bem nutrido. Este estudo fará uma investigação
sobre o processo de Eutrofização do Igarapé do Mindú, ao longo do tempo,
analisar a relação do balneário com a
construção de conjuntos habitacionais próximos ao pequeno rio. O maior deles, o
conjunto castelo branco deu o impulso inicial pra poluir o igarapé. O
surgimento de novos bairros na área da extensão das águas do riacho foram
elementos somadores ao processo eutrófico. Estudos comprovam que o nitrogênio e
o fósforo presentes nos rios e lagos são nutrientes de grande importância à
cadeia alimentar, entretanto, quando descarregados em altas concentrações em
águas superficiais e adicionado de esgotos domiciliares, matam a vida e se
torna imprópria a qualidade da água para lazer..
O
BALNEÁRIO DO PARQUE 10 E O CONTEXTO HISTÓRICO
Alguns fatos
históricos ocorreram para o surgimento do parque de lazer. O Balneário do
Parque 10 de Novembro foi criado em 1938, quando um ano antes, em 10 de
novembro de 1937, o presidente Getúlio Vargas havia fechado o Congresso Nacional, instalado o Estado Novo. O endurecimento do regime não impediu que, em Manaus, fosse criado tal projeto, estruturado para receber as
famílias amazonenses em sua piscina natural, abastecida pelas águas límpidas do
igarapé do Mindu, em vasta área verde, com zoológico e um restaurante para a
satisfação gastronômica dos freqüentadores.
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O acesso ao balneário se dava pela rua Recife, que descia
do bairro de Adrianópolis, em pista pavimentada de cimento, até
o Parque 10. Nas imediações, onde hoje está aberta a Avenida
Efigênio Sales, uma vereda, antigamente conhecida
por V-8, levava a inúmeras chácaras, todas tendo ao fundo o igarapé do Mindu,
formando banhos particulares. O bairro estava nos limites extremos de Manaus e,
ao atravessar o igarapé, a floresta predominava em toda sua extensão. O local
permaneceu por muito tempo como enorme área de lazer, onde os manauaras se
refrescavam dos dias quentes e se esqueciam do mormaço econômico que insistia
em medrar no Amazonas.
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Imagem da internet mosstra a beleza do Balneário do Parque 10 de Novembro |
No entanto, a área do Parque 10 sofre todas as
conseqüências advindas de nova mudança de regime político, agora com o golpe de
Estado de 1964, praticado pelos militares, que
resultou na criação da Zona Franca de
Manaus e na edificação do conjunto
residencial Castelo Branco, para atender a política habitacional do novo
governo. Construído pela Cohabam (Companhia Habitacional do Amazonas), com
recursos federais, o conjunto é inaugurado em 1969 e começa a receber seus primeiros moradores, que ocupam as casas
sem toda a infra-estrutura desejada para moradias.Tais fatos encaminham todo o processo de poluição das águas do igarapé do Mindú, Esgotos e águas residuais do conjuntos foram despejadas no pequeno rio.
As melhorias urbanísticas não tardaram a chegar. As ruas
foram asfaltadas em 1973 e, no ano de 1977, atendendo ao pedido da comunidade
que sentia necessidade de um local que proporcionasse entretenimento e
prestação de serviço, o então prefeito Jorge Teixeira de Oliveira deu início à
construção do CSU (Centro Social Urbano), com recursos do PNCSU (Plano Nacional
de Centros Sociais Urbanos). O CSU seguiu o mesmo protocolo de homenagens do
período e recebeu o nome do primeiro presidente do regime militar, marechal
Humberto de Alencar Castelo Branco, inaugurado em 25 de julho do mesmo ano.
O projeto beneficiava a comunidade com uma extensa área
verde, duas piscinas, quadra polivalente e dois campos de futebol. Foi
construída também uma creche em tempo integral, atendendo a crianças com idade
de três a cinco anos. Enquanto o balneário do Parque Dez perdia seu esplêndor
dos primeiros tempos, esquecido pela população que buscava novos recantos de
lazer pela cidade, favorecida agora com abertura de novas vias de acesso para a Ponta Negra e o Tarumã, em torno do conjunto Castelo Branco se
formou uma grande área de conjuntos habitacionais, como o Jardim Meridional,
Parque Tropical, Pindorama, Jardim Yolanda, Jardim Amazonas, Samambaia, Itaoca, Consag, Vila da Barra,
Murici I e II, Uirapuru, Mucuripe, Eldorado, Novo Horizonte, Juliana, Novo Mundo, Jauaperi, Jardim Primavera, Jardim Oriente, Nova Friburgo, Sausalito,
Malibu, Jardim Imperial, Verdes Mares I e II, Ipanema, Barra Bela, Vila do Rey,
Arthur Reis, Encol, Real, Parque Shangri-lá
I a VII, Califórnia e Itália.Periodo de crescente impacto ambiental para o Iagarapé do Mindú, que recebeu toda a carga de poluição líquida advinda das moradias criadas nas áreas adjacentes do Igarapé do Mindú.
Estas novas moradias deram ao bairro seu aspecto atual de
importante área residencial, a quarta em rende per capita de Manaus. Numa
tentativa de restaurar o antigo atrativo do balneário, o prefeito de Manaus,
José Fernandes, empreendeu uma reforma total na área, mas não alcançou o mesmo
sucesso de outrora devido ao comprometimento da qualidade das águas do igarapé
do Mindu, que sofria as primeiras agressões ambientais por causa das inúmeras
residências que despejam os esgotos em seu leito. No entanto, para preservar as
imensas áreas verdes do bairro foi criado, em 1992, o Parque Municipal do
Mindu, como área de interesse ecológico de 330.000 metros quadrados. No parque,
são desenvolvidas atividades científicas, educativas, culturais e turísticas. É
um dos últimos refúgios do sauim-de-manaus, macaco que só existe na região da
cidade e está ameaçado de extinção. A atenuação do impacto pela preservação da área não contemplou as águas do riacho.
2. HOMEM E O MEIO
AMBIENTE : CONTEXTO
HÍDRICO
2.1. Para
contextualizar este estudo mostraremos o fator de distribuição de águas de superfície
no Brasil e o quanto a região Amazônica é beneficiada pela natureza. A descarga
de água doce nos rios brasileiros é muito alta. Uma vazão média anual de 179
mil m3 s, o que corresponde a 12% do sistema hídrico mundial. Porém há grandes
disparidades regionais em termos de distribuição hídrica superficial, a região
Amazônica detém, cerca de 70 % dos recursos hídricos superficiais, pra análise
de referência, o Rio Amazonas, corta toda a região , em uma área equivalente a
44 % do território nacional, ocupada por apenas 4,5 % da população brasileira.
Mesmo com sistema
majoritário de água doce superficial, o Amazonas sempre teve déficit de água tratada
domiciliar, só mais recentemente, quando o serviço fornecedor foi privatizado,
ocorreu a otimização da qualidade da água e, somente na capital.
Um processo que
avança com a expansão na distribuição por zonas de novos bairros, enfrentando o
desafio da relação homem-natureza que destrói a cada dia o contexto hídrico.
2.2. HOMEM NA NATUREZA COMO CENTRO DO MUNDO E
COMO PARTE BIOLÓGICA
Podemos
definir este processo analítico seguindo dois parâmetros científicos: o que
caracteriza o homem como membro biológico da natureza, uma peça que faz parte
do equilíbrio ecológico ou como ser dominador, dotado de conhecimentos e sabêres
que o tornam capaz de dominar a natureza e usá-la como quiser e tem sido responsável ao longo da história por
grandes danos ambientais e que tais transformações atingem de forma global o
planeta. Neste contexto, os avanços tecnológicos criam possibilidade de poder
absoluto do homem sobre a natureza que não se dá conta que se vencê-la voltará
do lado perdedor, pois a ilusão de domínio permanente da mesma. Segundo Bacon “
ciência é o conhecimento que pode ser usado para dominar e controlar a
natureza”. Nesse caso a natureza era vista como um objeto a serviço do homem e
deveria ser escravizada.
O poder predatório
do homem na natureza, vem desde o século XVI, da cultura que cerca o ocidente,
que trata o mesmo não como parte que integra mas como o elemento que domina a
natureza e a usa como uma força capaz de
transformá-la e ter domínio da mesma. Tudo surgiu a partir da II GUERRA
MUNDIAL, até então mesmo como a industrialização, o processo produtivo que
utilizava os recursos naturais não renováveis eram modestos. Depois deste momento, o homem aumentou a
capacidade industrial de produção sem a menor preocupação com o que poderia
acontecer no futuro. A criação de produtos com substâncias não absorvíveis já
projetava danos incalculáveis e imprevisíveis
A consciência dos
problemas ambientais começa na década de 50 e 60. Alguns países do primeiro
mundo começam e destacar problemas na natureza, porém de forma localizada. Em
Manaus, o sistema natural estava intocável. Os centros de lazer da cidade
estavam ligados diretamente aos igarapés
e rios dentro da cidade.
Nos anos 60 surgem
as primeiras manifestações dos ecologistas e pacifistas expressando a crítica
“ética utiliitarista”. Tais “ movimentos ecológicos “, deram a partida na história da mobilização social e dação
coletiva: “ movimento de portadores de valores e interesses universais que
ultrapassaram fronteiras de classes, sexo, raça e nação”.
Podemos considerar que a década de 70
foi o despertar da consciência ecológica em todo o planeta, quando o efeito
antrópico passa a ser percebido no planeta. Os fatos marcantes aconteceram como
a Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, em 1972 e o
Relatório Meadows (1972) do MIT, que deu
origem ao livro “ Limite do Crescimento “. Autores de diversas posições
teóricas, constatam “que o mundo é um sistema complexo que apresenta limites
intransponíveis e que perpassar tais limites representa ameaça a sobrevivência da espécie humana”.
Os membros do MIT,
por solicitação do Clube de Roma, descrevem no Relatório Meadows, uma análise
que impõe limites as atividades econômicas que provocam poluição, contaminação
de pessoas por substâncias agrotóxicas, desperdícios. Os fatos passam a ser
vistos como ameaça ‘as atividades econômicas.
Schumaker, em 1973 , faz diversas
advertências em seu livro Small is
Beautful ( O Negócio é Ser Pequeno ). Rela que as inovações científicas e
tecnológicas dão ao homem a ilusão de poderes ilimitados sobre a natureza e ter
resolvido os problemas de produção. O livro descreve uma preocupação com os combustíveis fósseis não renováveis e
conduz o homem a utilizar a energia nuclear gerando problemas de maior
gravidade como o lixo e desastre. Para Schumaker devemos criar padrões voltados
para um novo estilo de vida com propostas produtivas planejadas para serem
permanentes.
Fritjof Capra, em
1987, no livro O Ponto de Mutação, afirma que todas as manifestações da crise
que se vive hoje em dia, são facetas diferentes de uma só crise, que é “uma
crise de percepção”. Para ele, o”
problema deriva do fato de estarmos tentando aplicar os conceitos de uma visão
de mundo obsoleta_ a visão de mundo
mecanicista da ciência cartezina-newtoniana, uma realidade que não pode ser
entendida hoje, tendo em vista que o mundo é interligado em tempo real onde os
fenômenos biológicos, sociológicos,
psicológicos e ambientais, são interdependentes, logo, esse mundo precisa de
uma visão ecológica que a cartesiana não nos oferece.
O mundo em tempo
real, mostra o quanto estamos submetidos
ao processo de destruição pelo descaso com a natureza. O perigo global
mostra a guerra nuclear, o lixo atômico, o perigo das usinas nucleares , o
efeito estufa e o enfraquecimento da camada de ozônio na atmosfera. Para
Engels, em pleno século XIX, já observava em 1976, que o homem, a cada dia
conhece mais as leis da natureza e seus efeitos e mesmo tendo levado anos, milênios,
para se calcular os efeitos das ações
humanas sobre a natureza no que se refere a produção. Os efeitos sociais são
difíceis de serem calculados e proporciona a dificuldade de regular e dominar e
dominar tais consequências.
Quanto a isso,
Liszt Vieira afirma” que é preciso qualificar o desenvolvimento diferenciando-a
do simples crescimento econômico . Mas precisamente é preciso submeter a todo e
qualquer desenvolvimento a uma crítica ecológica e não apenas econômica. A
qualificação ecológica do desenvolvimento propõe uma visão de toda a
aparelhagem econômica. Critica veementemente a postura na qual o homem se opõe
a natureza.
2.2. AMAZONAS : HOMEM-NATUREZA
No Amazonas o homem se apresenta sob
duas formas diferentes sob a visão de mundo: o homem como centro do mundo capaz
de dominar a natureza e o homem como parte integrante da natureza, sendo um dos
elementos da cadeia biológica.
A primeira visão é que tem se mantido na
região, sendo responsável pela ocupação do espaço amazônico e a desordem
ecológica.
Como centro do
mundo o homem age sobre a natureza
como donOminador e suas ações socioeconômicas contrariam esse
fato o que tem se tornado fator de desordem ecológica na região.
Os problemas
sociais no Amazonas decorrem do processo
de degradação do meio natural. A partir
da década de 70, os problemas sociais foram acentuados e provocaram ações
antrópicas que atingiram diretamente os sistemas hídricos, florestais, faunas,
floras e ar.
O processo de
ocupação da Amazônia foi direcionado
para atender objetivos estratégicos como a defesa das fronteiras, das riquezas
naturais, uma questão de segurança
nacional. O modelo foi implantado durante o governo militar e não foi pensado
enquanto desenvolvimento social e não refletiu as reais necessidades dos
habitantes quanto adequação as características ambientais da Amazônia. Nesse
contexto foram extintos os organismos de proteção a borracha, o Banco da
Borracha e a Superintêndencia do Plano de Valorização da Amazônia (SPVEA) e foi criada a Superintendência da Zona Franca de Manaus
(SUFRAMA), neste contexto, estimulou-se a implantação de empreendimentos
industriais em Manaus e, por meio da SUDAM incentivou-se a criação de projetos agropecuários e
agroindustriais em toda a Amazônia Legal.
O BIRD ( Banco
Internacional de Reconstrução e Desenvimento) veio para promover o
desenvolvimento capitalista na Amazônia., o que provocou uma febre de migrantes
de todos os lugares do Brasil e do mundo em busca do Eldorado Amazônico.
Uma das atividades
que melhor atendeu a estratégia de ocupação foi a pecuária, o que foi
desastroso pro meio ambiente provocando forte impacto.
Nos anos 80 a
extração de minério foi incentivada por empresas estatais como a Vale do Rio
Doce em programas como A GRANDE
CARAJÁS COM A Vale do Rio Doce e outras
empresas estrangeiras . Entretanto a exploração de jazidas conhecidas, causaram impactos sociais entre
garimpeiros e índios na disputa pela terra
O Distrito
Industrial de Manaus, hoje Pólo Industrial de Manaus (PIM), foi o responsável
pelo maior dano causado aos igarapés da cidade. O alta quantidade de empregos
gerados trouxe novos moradores e
provocou a maior ação antrópica nas águas de superfície dos igarapés que cortam
toda a cidade de Manaus, entre os quais o Igarapé do Mindú
Passados tantos
anos, os conflitos sociais resultaram em
fatores de degradação do meio ambiente, com desmatamento, poluição do ar, falta
de saneamento báslco, falta de moradia planejada que provocaram as invasões e
ocupação das margem dos igarapés e rios, com esgotos inseridos nos
leitos uma vez que os projetos de capitalização da Amazônia não favoreceram a
natureza e influenciaram diretamente, pelo chamado “progresso”, na
poluição de todo o sistema hídrico de
superfície. Os projetos de larga escala que contraria cientistas como Schumaker que defende modelos econômicos
baseado em pequenas atividades afim de
que seus impactos sejam mais facilmente regenerados pela natureza.
O HOMEM E A NATUREZA EM MANAUS
A
preocupação com o meio ambiente foi iniciada em 1972 pelo Clube de Roma, que
encomendou do MIT ( Instituto Tecnológico de
Massachussets) um relatório, voltado para abordar as questões ambientais
no mundo. Clube de Roma
e o “Crescimento Zero” “Limites do Crescimento” (The Limits to Growth). Neste
ano, as águas do Mindú já estavam poluídas por ações antrópicas .
O
Igarapé do Mindú , é um pequeno rio,
extensão de 22 km , corta a cidade da zona lesta a oeste,sua trajetória
contempla muitos bairros de Manaus: Cidade de Deus, Jorge Teixeira, São Jose´,
Aleixo, Parque 10, Adrianópolis, Vieiralves, São Jorge, Compensa e deságua com
todo seu lixo acumulado, na baia do São Raimundo atingindo em cheio o Rio Negro.
Suas nascente ficam dentro da reserva Duque numa área denominada nascentes do
Mindú. O mapa abaixo mostra todo o
trajeto percorrido pelo igarapé dentro da cidade.Na
imagem do satélite, o percusso do igarapé do Mindú da nascente até a foz no Rio
Negro.
O estudo, é uma
proposta científica de análise quando o igarapé atinge a região do bairro do
parque 10 de novembro e alimenta a piscina do centro de lazer denominado
Balneário do parque 10. Uma contextualização dos problemas que ocorreram ao
longo do tempo, processando dados do impacto ambiental provocado por ações
antrópicas em função da falta de planejamento dos órgãos governamentais que não
tiveram preocupações voltadas para o meio ambiente. Era um mundo empírico da
interação homem-natureza.
Em
1938 , ano em que foi iniciada a obra de construção do balneário do parque 10
de novembro, não havia estudos , nem projeto que comtemplasse o meio ambiente.
O homem e natureza interagiam empiricamente sem danos pra ambos. Os rios e
igarapés serviam de lazer e alimentação para população, pois a pesca era
abundante . A água distribuída na cidade de Manaus era natural e escura vinda
do rio negro, sem tratamento algum. Manaus, era constituída do centro da
cidade, o bairro de aparecida, bairro da cachoeirinha, bairro de educandos,
bairro da compensa, bairro de flores, bairro do Aleixo, bairro de são Raimundo,
bairro de Petrópoles e bairro de São Francisco, bairro de são Jorge, as zonas
leste, norte e oeste eram minoritárias quanto a densidade demográfica.
Na
imagem abaixo, a beleza comprovada do Balneário do Parque 10 e a participação
popular nos finais de semana e durante a mesma.
Grande parte da população frequentava o balneário. Os passeios
populares eram planejados pelas famílias
manauaras e visitantes como afirmam
historiadores e moradores antigos da capital.
Imagem da internet –
Baú Velho 2016
2. AGUA
DE SUPERFÍCIE NO BRASIL
2.1. Conforme dados do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus é entrecortada por
148 igarapés. Estudos registram
que a descarga de água doce nos rios brasileiros é muito alta. Uma vazão média
anual de 179 mil m3 s, o que corresponde a 12% do sistema hídrico mundial.
Porém há há grandes disparidades regionais em termos de distribuição hídrica
superficial, a região Amazônica detém, cerca de 70 % dos recursos hídricos superficiais,
pra análise de referëncia, o Rio Amazonas, corta toda a região , em uma área
equivalente a 44 % do território nacional, ocupada por apenas 4,5 % da
população brasileira.
Mesmo com sistema
majoritário de água doce superficial, o Amazonas sempre teve déficit de água tratada
domiciliar, só mais recentemente, quando o serviço fornecedor foi privatizado,
ocorreu a otimização da qualidade da água e, somente na capital.
Um processo que
avança com a expansão na distribuição por zonas de novos bairros, enfrentando o
desafio da relação homem-natureza , estabelecendo o homem como centro do mundo,
dominador da natureza e como tal destrói a cada dia o meio ambiente incluindo o
contexto hídrico, o que contempla Descartes e Bacon.
2.2. HOMEM PREDADOR
O poder predatório do homem na
natureza, vem desde o século XVI, da cultura que cerca o ocidente, que trata o
mesmo não como parte que integra mas como o elemento que domina a natureza e a
usa como uma força capaz de
transformá-la e ter domínio da mesma. Tudo surgiu a partir da II GUERRA MUNDIAL,
até então mesmo como a industrialização, o processo produtivo que utilizava os
recursos naturais não renováveis eram modestos.
Depois deste momento, o homem aumentou a capacidade industrial de
produção sem a menor preocupação com o que poderia acontecer no futuro. A
criação de produtos com substâncias não absorvíveis já projetava danos
incalculáveis e imprevisíveis
A consciência dos problemas ambientais
começa na década de 50 e 60. Alguns países do primeiro mundo começam e destacar
problemas na natureza, porém de forma localizada.
Nos anos 60 surgem
as primeiras manifestações dos ecologistas e pacifistas expressando a crítica
“ética ulititarista”. Tais “ movimentos ecológicos “, deram a partida na história da mobilização social e dação
coletiva: “ movimento de portadores de valores e interesses universais que
ultrapassaram fronteiras de classes, sexo, raça e nação”.
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Rrio Negro e a praia da Ponta Negra sem poluição |
Podemos considerar que a década de 70
foi o despertar da consciência ecológica em todo o planeta, quando o efeito
antrópico passa a ser percebido no planeta. Os fatos marcantes aconteceram como
a Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, em 1972 e o
Relatório Meadows (1972) do MIT, que deu
origem ao livro “ Limite do Crescimento “. Autores de diversas posições
teóricas, constatam “que o mundo é um sistema complexo que apresenta limites
intransponíveis e que perpassar tais limites representa ameaça a sobrevivência da espécie humana”.
Os membros do MIT,
por solicitação do Clube de Roma, descrevem no Relatório Meadows, uma análise
que impõe limites as atividades econômicas que provocam poluição, contaminação
de pessoas por substâncias agrotóxicas, desperdícios. Os fatos passam a ser
vistos como ameaça ‘as atividades econômicas.
Schumaker, em 1973 , faz diversas
advertências em seu livro Small is
Beautful ( O Negócio é Ser Pequeno ). Rela que as inovações científicas e
tecnológicas dão ao homem a ilusão de poderes ilimitados sobre a natureza e ter
resolvido os problemas de produção. O livro descreve uma preocupação com os combustíveis fósseis não renováveis e
conduz o homem a utilizar a energia nuclear gerando problemas de maior gravidade
como o lixo e desastre. Para Schumaker devemos criar padrões voltados para um
novo estilo de vida com propostas produtivas planejadas para serem permanentes.
Fritjof Capra
afirma que todas as manifestações da crise que se vive hoje em dia, são facetas
diferentes de uma só crise, que é “uma crise de percepção”. Para ele, o”
problema deriva do fato de estarmos tentando aplicar os conceitos de uma visão
de mundo obsoleta_ a
visão de mundo
mecanicista da ciência cartezina-newtoniana, uma realidade que não pode ser
entendida hoje, tendo em vista que o mundo é interligado em tempo real onde os
fenômenos biológicos, sociológicos,
psicológicos e ambientais, são interdependentes., logo, esse mundo precisa de
uma vião ecológica que a cartesiana não nos oferece.
O mundo em tempo
real, mostra o quanto estamos sumetidos
ao processo de destruição pelo descaso com a natureza. O perigo global
mostra a guerra nuclear, o lixo atômico, o perigo das usinas nucleares , o
efeito estufa e o enfraquecimento da camada de ozônio na atmosfera. Para
Engels, em pleno século XIX,observava que o homem, a cada dia conhece mais as
leis da natureza e seus efeitos e mesmo tendo levado anos, milênios, para se
calcular os efeitos das ações humanas sobre
a natureza no que se refere a produção. Os efeitos sociais são difíceis de
serem calculados e proporciona a dificuldade de regular e dominar e dominar
tais consequências.
Quanto a isso,
Liszt Vieira afirma” que é preciso qualificar o desenvolvimento diferenciando-a
do simples crescimento econômico . Mas precisamente é preciso submeter a todo e
qualquer desenvolvimento a uma crítica ecológica enão apenas econômica. A
qualificação ecológica do desenvolvimento propõe uma visão de toda a
aparelhagem econômica. Critica veementemente a postura na qual o homem se opõe
a natureza.
3. O BALNEÁRIO DO PARQUE 10 DE NOVEMBRO
O projeto de
construção iniciou-se em 1938, uma idéia do prefeito Antonio Maia, para dar
qualidade de vida aos manauenses e foi concluída por Antóvilla Mourão Vieira em
1943 como mostra a imagem abaixo da placa de inauguração .
Imagem da internet-
2016
Foi um projeto
ousado, pra época, de larga escala da engenharia. Uma obra gigantesca em um
período onde nem havia transporte em Manaus, poucos carros circulavam na
cidade, período onde o transporte público eram os bondes. A grande maioria da
população caminhava para se divertir no balneário. Os mais ricos preparavam suas comidas e
guaranás e levavam em cestas pra alimentação do dia inteiro. Pra manter gelado
os refrigerantes, as garrafas eram colocadas dentro da água da piscina.
Os bondes saiam do
centro pra estação na igreja de Nossa Senhora e Nazaré no bairro de
Adrianópolis e o restante do percurso
era uma caminhada pela estrada do parque
10, rua recife. O outro percurso o bonde saía do centro até o cruzamento da
estrada de flores com o V-8, hoje avenida Constantino Nery com a Darcy Vargas.
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Imagem da internet 2016 Transporte coletivo por Bondes |
O centro de lazer
ocupava uma área de 50 hectares, com terreno arenoso, próprio pro lazer
desportivo, cercado de um bosque em
potencial e uma piscina de água natural em forma de ‘L’ . O projeto foi moldado em concreto no
sentido norte-sul-leste-oeste, sendo o segmento norte-sul de 43,80 m e o
leste-oeste 110 m, com largura na extensão total de 20 m e profundidade máxima
de 2,5 m.
A jusante foi
construída com duas comportas de 1 metro
quadrado para dar vazão e controlar o nível da água da piscina, e formava uma
cachoeira quando transbordava.
Foi construído um prédio
com 16,5 m de largura , 20 m de comprimento, era o clube dançante e
restaurante, banheiros e vestiários pra suporte aos banhistas. cercada por floresta
intrínseca. Manaus limitava-se ao norte com o balneário do Parque 10.
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Imagem da internet 2016 - Piscina do Balneário do Parque 10 e toda a estrutura O restaurante recebia os frequentadores
do balneário com música, banheiros e vestiários. |
Para atender as
crianças, foi construído uma piscina com 15 m de comprimento, 10 m de largura e
profundidade de 60 cm, cercada por bancos de concreto e gramado, uma
estrutura que acoplada ao zoológico na área do bosque com animais da
região amazônica.
O momento de puro
empirismo que favoreceu o amplo contexto de toda região de lazer do balneário.
O homem como parte integrante da biologia natural sem, com a marca da cultura
da região sem influência de qualquer tipo importado de outras regiões.
A cidade respirava
ares da europa na economia pois a borracha extraída da seringueira determinava
o ritmo da economia local. O transporte da cidade era realizado por bondes. Os
moradores utilizavam duas linhas: do
centro via flores ,vila municipal,
cachoeirinha e centro. O sentido inverso centro, cachoeirinha, vila municipal ,
flôres e centro. Os moradores da cachoeirinha faziam sua parada na igreja Nossa
Senhora e Nazaré na vila municipal e caminhavam, cerca de dois km até ao balneário.
Os que saíam do centro da cidade desciam em flores na esquina da estrada do V-8
com a estrada de flores ( João Coelho)( Constantino Nery hoje ) e também
caminhavam até o balneário do parque 10, cerca de 1000 metros ( 1 km). O
balneário era localizado na esquina do V-8 com a rua Recife, o mesmo local
atual.
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Bonde atravessando a Ponte de Ferro na av. 7 de setembro |
Os bondes faziam o
transporte público da cidade de Manaus e como observamos na imagem, eram movidos a eletricidade sem causar danos ao meio
ambiente. Depois da desativação dos bondes, vieram os ônibus de madeira, uma
transformação realizada nas próprias garagens de caminhões que retiravam suas
carrocerias e sobre os eixos eram fixados cabines de madeira com assentos para
os passageiros. Prevaleciam , na época, as marcas Ford e Chevrolet. Alguns
desses coletivos ficaram famosos na cidade de Manaus : O Radiante, o Ana
Cássia, o Inconfidente e depois chegarm os coletivos modernos conhecidos como “
Rabo Quente “, em virtude dos motores ficarem na trazeira. Poluição do ar
provocados pelos motores a gasolina e a diesel.
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Imagem da internet 2016-do substituiram os bondes |
Para atender as
crianças, foi construído uma piscina com 15 m de comprimento, 10 m de largura e
profundidade de 60 cm, cercada por bancos de concreto e gramado, uma
estrutura que acoplada ao zoológico na área do bosque com animais da
região amazônica.
A Onça pintada e a Anta
eram as grandes atrações do zoológico do balneário do parque 10.
Foi construído um
anfiteatro para atividades artísticas , shows musicais e peças teatrais, que
não aconteceu pois neste mesmo período chegaram os conjuntos habitacionais
construídos pelo BNH( Banco Nacional da Habitação ).Os conjuntos Castelo
Branco,no bairro do parque 10, Costa e
Silva, no bairro da raiz e Conjunto de Flôres, no bairro de Flôres, que
culminaram com a poluição das águas do balneário que pertencem ao igarapé do
mindú.
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aImagem da internet 2016 - Anfiteatro do Parque 10 |
Vista aérea do
balneário do parque 10 com o anfiteatro, piscina e a área onde está localizada
a UEA (antiga UTAM). Do lado direito a avenida Efigênio Salles, no outro lado
da avenida área com muito verde e sem a edificação de prédios e conjuntos
residenciais. Àguas escuras do Mindú na piscina. Neste período o homem era
parte da natureza.
O IMPACTO AMBIENTAL
NO BALNEÁRIO DO PARQUE 10 DE NOVEMBRO
Assim
como aconteceu com os balneários de água natural em Manaus e nas demais cidades do Brasil e do mundo, os rio e igarapés foram
poluídos pelo “ chamado progresso “.Essa urbanização provocou um impacto
ambiental é devastador. É notório que esse fator urbanístics destrói
ecossistemas, principalmente os sistemas hídricos de superfície. Neste contexto, a poluição das águas do Igarapé do Mindú, além
de ser a principal causa da interdição e posterior desativação, fixou um
impacto ambiental de longo alcance, porque o local atualmente, apesar de
localização privilegiada em área nobre da cidade, está em total abandono sem
projeção de atividades sociais ou esportivas. O local da piscina foi aterrado e
construído um canal de águas servidas
configurando um total processo de eutrofização do sistema, com impossibilidade
de uso para lazer além de provocar a mortandade das espécies que predominavam. A
sociedade organizada está
cada vez menos tolerante aos problemas associados à poluição hídrica (BRAGA,
2005).O pesquisador registrou a imagem (2016) com o esgoto sem tratamento
linkado ao leito do igarapé do Mindú, na região onde iniciava a piscina do
Balneário do Parque 10.Os prédios foram destruídos pelo tempo, a área tornou-se um matagal com grandes
possibilidades de tornar um vasto depósito de doenças provocadas pelo aedes
aegypti além do nível de criminalidade já existentes na área que causa problemas
sociais aos moradores adjacentes ao “ balneário “.
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Imagem do pesquisador 2016- Esgoto sem tratamento poluindo as águas do Igarapé do Mindú |
Na
imagem do pesquisador(2016).o impacto. Mostra a situação das águas que,
atualmente, correm nos canais que substituíram a piscina do balneário como
esgoto a céu aberto gerando o mais alto do impacto ambiental causado por ações
antrópicas. O nível de poluição das águas é relevante e pode causar sérios
danos a saúde humana.Mesmo assim os moradores tomam banho e brincam nas água do
Balneário do Parque 10 de Novembro como mostra a imagem do pesquisador(2016), o
balanço usado nas brincadeiras nas águas contaminadas do Igarapé do Mindú
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Imagem do pesquisador 2016 mostra o balanço de brincadeiras nas águas poluídas do Mindú |
Os moradores mais próximos da área do balneário, da rua do Igarapé , bairro de Nossa Senhora
das Graças ,atualmente, antes Parque 10, Adrianópolis, Vila Amazonas, despejam
seus esgotos diretamente nas águas do igarapé. O lixo produzido por todas as
casas da margem esquerda do riacho, acumulam, em grande quantidade, na beira do canal das
águas. Móveis de grande porte como sofás , geladeiras são alguns dos inúmeros objetos jogados no mesmo.
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imagem do pesquisador na área do estudo 2016 |
Mesmo com todo nível de contaminação que apresentamos, o
contraste do paradoxo das fontes de águas limpas que brotam na margem direita
do Mindú, na região do balneário e despejam demonstrando o quanto a capacidade
predadora do homem é responsável por tudo.O processo predatório da natureza que
torna água do igarapé do Mindú cinza e a água natural pura da fonte mostrada na
imagem (2016).
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Imagem do pesquisador 2016 Aguas limpas de fontes naturais deságuam no leito do Mindú poluído |
No ambiente
pesquisado, foram observados fatores sociais que fortalecem ao processo de
eutrofização do Mindú, a falta de saneamento básico, a coleta de lixo e a falta
de conscientização dos moradores quanto ao meio ambiente. Não detectamos
nenhuma atividade voltada pra educação ambiental na área.
A área do antigo balneário é acoplada as casas da rua do
igarapé pela ponte registrada na imagem
do pesquisador e o lixo acumulado na margem.
Imagem do pesquisador 2016
As casas estão fixas dentro do leito do igarapé e as
consequências são danosas pra ambos. Os efeitos da “subida” das águas durante
as chuvas são desastrosos com os moradores da área. Somente a margem esquerda é
habitada. Na margem direita uma pequena fauna sobrevive ( jacarés, garças, capivaras,
cobras ) no ambiente impactado.
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Imagem do pesquisador 2016- Casas dentro do leito do igarapé do mindú |
As ações antrópicas e o descaso com o bem público é notório.
Desde 1975 que o balneário foi desativado e depois do fato, nenhum projeto do
mesmo padrão foi preparado e estabelecido pra substituir a perda do centro de lazer. Nem mesmo a Fundação
Villa Lobos , criada pra ocupar o prédio central do balneário, conseguiu
objetivos culturais ignificativos. Essa é uma área de igarapé que não foi contemplada com o
PROSAMIM e portanto não há atividades direcionadas para campanhas de conscientização
relacionadas ao meio ambiente. Segundo os moradores da área, a secretaria responsável na cidade de Manaus (SEDEMA, nunca fez
campanha educativa relacionada ao assunto .
Os fatos reais observados na pesquisa de referencia ao ambiente que formata o Balneário do Parque 10, mostra o resultado de 40 anos de sem projetos de recuperação ambiental para a área. Nenhum estudo foi projetado para atenuar o impacto ambiental provocado pela ação antrópica e o descaso com o patrimônio público. As imagem abaixo relatam de forma claro o que está acontecendo no ambiente onde já funcionou o maior balneário do Norte do País.